sábado, 25 de setembro de 2010

Livro - Psicologia da criança e problemas de desenvolvimento - Uma proposta para a orientação de mães



Quando a criança nasce ela se expressa e se comunica, através do choro para eliminar algo desagradável. Mas, muito pais tem a noção errada de que atender a criança pode torná-la manhosa e uma forma de controlar os pais. Tudo isso para o bem-estar da dos adultos, porque a criança fica mais quieta por interpretar que o seu choro é inútil. A educação deve ser centrada no bebê e não nos pais. De fato, no decorrer do primeiro ano de vida, os bebês que se acostumam a ser prontamente atendidos crescem mais calmos e logo encontram outras formas de expressão, que não o choro, para pedir auxílio. Já os bebês que não são reconfortados em momentos de tensão sofrem atrasos de menos ou maior grau em seu desenvolvimento, sendo em geral mais apáticos. Se a expectativa dos pais é a de que a criança alcance o mais rápido possível níveis progressivos de independência em relação à sua assistência, e seja física e psicologicamente saudável, é fundamental sua solicitude durante o tempo em que a criança assim o necessitar. Atender sempre  à criança é importante porque, nos momentos de necessidade, começam a surgir as primeiras e vagas noções a respeito do mundo exterior. Gradualmente a criança percebe que alguém deverá fazer alguma coisa para amenizar suas sensações desagradáveis. Ela começa a desejar conhecer o mundo que a rodeia, a sentir necessidades de entrar, cada vez mais , em contato com as pessoas. Começa a ter consciência de que as pessoas podem satisfazer aquelas necessidades que ela própria não pode resolver por si mesma. Pouco a pouco o bebê desenvolve os primeiros meio para sobreviver de maneira mais independente. Quando a mãe dá assistência nos primeiro anos de vida do bebê, de maneira tranquila  e carinhosa, ela também percebe algumas características do mundo exterior e tem interesse em explorar o ambiente. A mãe começa a adquirir um valor tão importante quanto o próprio alimento. Ela logo passa a significar algo bom e essencial para seu bem-estar. Sua simples presença torna-se fonte de prazer e satisfação. Com o tempo, a criança aprende a dominar seus estados urgentes de tensão, controlando o choro e se comunicando de maneira mais tranquila e eficiente com a mãe. Desta forma, se as primeira manifestações de aproximação com o ambiente, forem bem sucedidas, a criança rapidamente desenvolverá atitudes sociais positivas, aproximando-se das pessoas sempre que precisar de ajuda. Tornando-se expansiva, amistosa, calma e alegre. O pai não deve ser excluídos das responsabilidades da educação do seu filho e nem ser isolado do contato com a criança devido a estrutura partriarcal da sociedade. A criança se sente mais segura quando seus pais estabelecem regras, que, embora limitem seu comportamento, a ajudam a viver em harmonia com seu meio ambiente. É claro que os pais devem evitar reprimir a criança em demasia, baseado em ordens e proibições sensatas e compensando-as com ampla liberdade sempre que possível. A criança não gosta realmente da liberdade excessiva, que sente, no fundo, como desinteresse dos pais. Assim, ele fazem birras para chamar atenção. Substituir o grupo familiar precocemente por um contato social como creches ou outras escolas, só fará com que a criança se sinta confusa, ameaçada, desamparada pelos pais e carente de afeto. Quando os pais são superprotetores, isso deixa as crianças mais dependentes dos pais e o desinteresse por aproximação sociais se generaliza. Em suas primeira brincadeiras a criança se empenha em simbolicamente o fato de que a mãe, assim como os objetos, tanto pode desaperecer com reaparecer. Escondendo-se atrás de um lençol, deixando cair os brinquedos para que lhe seja devolvidos ou fazendo com que rolem para longe apenas para  poder recuperá-los em seguida, a criança vai experimentando seu poder de suportar a perda e de recuperar aquilo que ama. Desde modo, lidando com suas emoções, ela se fortalece para abandonar a relação de estreita dependência da mãe, aceitando que ela se ausente. É o momento em que ela se prepara para um envolvimento maior com o mundo e pode se voltar para o pai. Para compensar perdas a criança se apega em objetos, em que coloca uma grande carga afetiva. Estes objetos são importantes principalmente nos momentos de solidão, ajudando-a a manter uma ligação afetiva através da lembrança ou da imagem mental da mãe, que permanecendo presente desta forma faz com que a criança se sinta reconfortada.

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