quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Perfeccionismo

Hoje, vivemos numa sociedade em que queremos ser perfeitos em tudo. Temos pavor de celulites, rugas, músculos flácidos, e assim procuramos um corpo idealizado e imposto pelo padrões da sociedade. A perfeição pode gerar a síndrome do pânico e a depressão. Se a pessoa não conseguir atender ao padrão de exigências estabelecido, então começa a entrar em ansiedade e, depois, em desespero, em aflição, que dá início ao pânico. E se a pessoa percebe o fracasso em algum setor da sua vida e que seja um ideal pela sociedade, então chega a depressão. A obsessão em sermos perfeitos é para que nós não sejamos excluídos e desamparados. O ser humano atual esqueceu de que sofrer, arriscar-se sem garantias, sentir-se inseguro, ter sentimento de perda ou falta fazem parte da riqueza de experiências que a vida proporciona. Mas, contra isso tudo temos uma cultura e uma indústria que é do antissofrimento e condenação dos processos naturais da existência, como o envelhecer. E assim, evita-se vivenciar experiências que possam trazer o imprevisível ou o sofrimento, optando pelo controle que vem junto ao desejo da perfeição. Perdemos as oportunidades em saborear a vida e de ter grandes aprendizagens. Mas, a sociedade está mudando os parâmetros de felicidade, indo contra ao consumismo, contra a beleza ideal, etc. Essa nova configuração inicia com o respeito e responsabilidade pelo próprio corpo, saúde e todos os nossos valores. A perfeição não é mais a única meta, mas o equilíbrio, a harmonia e o bem-estar. Isso é sinal de que algo está mudando. 

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