quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Livro - Memórias de um sanatório

Olá, pessoal !!! O livro a ser refletido é "Memórias de um sanatório". A história é sobre um relato da trajetória de vida de um psicótico em estado grave, chamado João Daudt d'Oliveira Neto. Suas origens é de uma família rica e tradicional do Rio de Janeiro, em que o seu avô e pai também tiveram a psicose como transtorno. Quando ele teve quatro anos de idade, os seus pais foram para o Estados Unidos tratar da doença do pai, então ele ficou na casa da avó que era muito rigída, durante seis meses. Essa ausência dos pais causou um trauma muito grande, pois ele se sentia abandonado e penava muito nas regras da avó paterna. Com o retorno dos pais ao Brasil  ele se tornou numa pessoa mais ansiosa com medo de que o pais abandonasse ele novamente. Ele começou a estudar ao cinco anos e aos nove anos ele começou a estudar no Instituto São Fernando em que surgiu as primeira mudanças de comportamento o que levou novamente a mudança de escola devido a influência dos médicos. Nessa época ele conheceu boas amizades que marcaram a sua adolescência. Na adolescência foi uma fase de fazer amizades, paquerar e sair com os amigos. Foi uma fase em que as suas notas na escola começaram a despencar e ele começou a ficar muito ausente na aulas. O seu pai percebendo a mudança de comportamento do filho, resolveu levar o filho no psicólogo e psiquiatra, mas ele começou a recusar a ir nas consultas com medo do pai descobrir os seus pensamentos. João abandonou a escola e mudou para a antiga escola que era o Instituto São Fernando, onde reveu os velhos amigos. Mas, ele ficou nessa escola apenas durante seis meses e abandonou os estudos. O pai descobrindo o abandono da escola achava que era vagabundagem e não admitia que era algum transtorno psicológico. As crise pioravam, então um dia o seu melhor amigo chamou João para ir no médico. Chegando no médico o seu amigo Raul aprensentou o psiquiatra Cincinato e disse que a consulta era sua e pediu para ele entrar para conversar com o doutor. Sem opor ao seu amigo ele entrou e conversou com o psiquiatra. João ficou feliz pela ajuda do amigo Raul que fez uma surpresa levando ele no médico sem ele saber. João arrumou uma namorada em que a família não aprovava, mas ele estava obsessivo pela namorada que era uma pessoa humilde e sem estudos. As crises estavam piorando e ele foi levando para o sanatório aonde iria tomar medicações forte, fazer sonoterapia e fazer tratamento de choque para amenizar crises graves. De início, ele dormia muito por causa da medicação e sonoterapia. Durante o processo terapêutico, ele não falava para ninguém sobre como era as suas alucinações e sempre fugia de tudo. As suas alucinações era uma mulher do machado que era horrorosa e corria atrás dele para matar, outra alucinação era várias pessoas fazendo uma procissão para a sua morte e por fim havia a alucinação de uma criança chorando. Ele nunca enfrentava as suas alucinações e isso piorava o seu quadro. Com o tratamento a obsessão pela sua namorada Margarida foi acabando, até que um dia ela conseguiu entrar no sanatório de surpresa para visitar ele, mas ele ficou tão transtornado que quebrou todas as coisas do seu quarto quando ela foi embora. Com o surto ele teve que ser sedado. No sanatório ele conheceu a Sylvia e o Célio que seriam grandes amigos por toda a vida. Eles obtiveram alta, mas João teve que continuar com o tratamento. Ele conheceu uma enfermeira que tinha afeição por ele, mas quando João saiu do sanatório ele não teve condições psicológicas para assumir o namoro. Depois de sete meses no sanatório ele voltou para casa dos seus pais. Com saudades do seu quarto e de seus amigos, seguiu os conselhos do Dr. Cincinato de que ele deveria ocupar o seu tempo e fazer exercícios, além de continuar tomar a medicação no horário certo. João começou a namorar escondido com uma mulher que é casada e irmã dos seus melhores amigos. Mas, as recaídas da doença sempre ocorria e ele pedia ajuda ao Dr. Cincinato. Depois de uma crise ele voltou para o sanatório ficando afastada da sua namorada Vera. Ele tinha muito medo de ficar no Pavilhão Central que é um local aonde ficam os doentes com a doença irreversível. A alta de João foi com o intuito de ir para casa e fazer psicanálise com uma doutora renomada e indicada pelo seu psiquiatra, pois esssa era a última cartada do Dr. Cincinato para a sua recuperação. O namoro com a Vera terminou, pois seu marido o ameaçou caso ele não se afastasse de sua esposa. Seus amigos descobriram o namoro escondido da irmã, mas logo voltaram a ser amigos novamente. Então, ele começou a fazer psicanálise com a Dr. Inaura. De início, ele não se sentia bem em se abrir e falar das suas alucinanções e pensamentos desconexos, mas com o tempo ele foi confiando nela, até ela mostrar que os seus pensamentos não tinha força para modificar o ambiente. Que tudo era fruto de sua imaginação, que os pensamentos não tinham poder e que ele tinha que enfrentar. Enfrentando as suas alucinações, eles desapareceriam e enfraqueceriam. A terapeuta ia interpretando as suas alucinações e questionando a medida que relatava. Ele voltou outras vezes para o sanatório, mas a psicanálise o ajudava muito a ficar longe do sanatório. Ficando melhor de saúde, João voltou a estudar, começou a trabalhar, trocou de terapeuta, casou duas vezes e teve dois filhos com a primeira esposa. Sendo, o último casamento como sendo o verdadeiro amor e segurança. O livro é uma ótima biografia que relata perfeitamente os labirintos que a doença leva a um  portador de psicose a perder tudo na vida, que é a saúde. Mas, o livro também relata que apesar das dificuldades as pessoas com transtorno podem se recuperar e levar uma vida normal, através de um bom tratamento.

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