O relacionamento de duas pessoas, sejam amigos, namorados ou casados, tem a sua base no amor mútuo, que une os dois e os faz crescer. Sem isto qualquer relacionamento cai no vazio. Amar é construir o outro; fazê-lo feliz, fazê-lo crescer como pessoa. Amor não consiste em duas pessoas olharem uma para a outra, mas olharem juntas na mesma direção.
É claro que todos os jovens querem um namorado(a) bonito, mas nunca se esqueça que o mais importante é “invisível aos olhos”. O que é visível desaparece um dia, ficará velho com o passar do tempo. Aquilo que você não vê: o caráter da pessoa, a sua simpatia que se mostra sempre atrás de um sorriso fácil e gratuito, o seu coração bom, a sua tolerância com os erros dos outros, as suas boas atitudes, etc., isto não passa, isto o tempo não pode destruir. É o que vale.
A sua felicidade não está na cor da sua pele, no tipo do seu cabelo e na altura do seu corpo, mas na grandeza da sua alma.
Portanto, ao escolher o namorado, não se prenda só nas aparências físicas, mas desça até as profundezas da sua alma. Busque lá os seus valores.
O diálogo é fundamental no namoro; é o veículo principal através do qual vocês vão se conhecer. Diálogo é diferente de discussão. No diálogo os dois caminham juntos na mesma direção, somando os esforços, fazendo de tudo para entender o outro, compreendê-lo, perdoá-lo, ajudá-lo, ouvi-lo atentamente, etc. Na discussão impera a “minha vontade”; o que eu quero. Na verdade é uma disputa, mais do que um “encontro” de amor. O diálogo deve ser longo, paciente e freqüente; a discussão deve acabar logo; deixe o outro vencer se for preciso, para acabar logo a disputa.
No diálogo os dois vencem juntos, na discussão um só é vencedor, e o outro é um derrotado. Ora, no amor não tem lugar para um ser derrotado. Para que haja um bom diálogo, que faça os dois se conhecerem e crescerem, é preciso disposição para isso; vencer a inibição de falar, saber calar e deixar o outro falar tudo até o fim; ter paciência de ouvir; saber calar na hora certa e saber falar com jeito e prudência na hora difícil.
Ao escolher quem namorar, não se pode deixar de lado alguns aspectos como: idade, nível social e cultural, financeiro, religião, etc.
Uma diferença de idade muito grande entre ambos pode ser uma dificuldade séria. O amor, quando é autêntico, é capaz de superar tudo, mais isto será uma pedrinha a mais no sapato dos dois. A diferença de nível social e financeiro também pode ser uma dificuldade a mais, mesmo que possa ser vencido por um amor autêntico entre ambos. Um rapaz culto e estudado pode ter sérias dificuldades para se relacionar com uma moça sem estudos. Na hora de escolher alguém você precisa ter claro os valores fundamentais para a sua vida toda.
Há coisas que são mutáveis, mas há outras que não. Você pode ajudar sua namorada a estudar e chegar ao seu nível cultural um dia – e isto é muito bonito -, mas será difícil você fazê-la mudar de religião, se ela é convicta da fé que recebeu dos pais.
Sobretudo lembre-se que você nunca encontrará alguém perfeito para namorar; mesmo porque “amar é construir alguém querido, e não, querer alguém já construído”.